segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Capítulo 11 - Porão


    Christine me guiou para um quarto antigo, com bonecas frágeis de porcelana nas prateleiras, quadros antigos nas paredes e uma cama com coisas parecidas com cortinas. Aquilo parecia ter mais ou menos uns 100 anos.
    - Então, sobre o quê você queria falar? - Perguntei.
    - Preciso lhe contar uma coisa! - Christine
    - Diga. - Falei curiosa.
    - Parece que os humanos conseguiram descobrir a localização de um dos portais.
    - Qual? - Estava começando a ficar preocupada.
    - Adivinhe.
    - A Colina! - Exclamei.
    - Este é o portal mais importante e mais poderoso para o nosso mundo. Para os humanos ele tem a forma de uma simples colina, mas para nós, ele é a chave de comunicação entre os dois mundos. - Christine explicou. - Não sei como Johnathan passou pelo portal tão facilmente, mas acho que não foi por acaso.
    - Como assim? - Tinha certeza que teria algo a ver com "o destino nos uniu para um propósito", ou coisa do tipo.
    - Veja bem, este portal em particular é um pouco seletivo em realção aos humanos. Ele apenas deixa entrar quem realmente merece ver o mundo mágico de Imperius, ou quem conseguiu quebrar suas barreiras. Ainda não sabemos o quê vai acontecer, mas precisamos nos preparar para o pior.
    Sentei na cama macia, pensativa.
    - Sabendo que coisas ainda piores vão acontecer, por quê você liberou meus amigos da missão?
    - Eu os liberei... para... - Ela parecia nervosa. Olhei seu rosto, analisando cada detalhe e percebi que algo estava errado: havia uma pequena mancha de sangue no canto de sua boca.
    - Você não é Christine! - Gritei.
    A figura abriu um fino e demoníaco sorriso, mostrando os dentes afiados.
    - Como descobriu? Talvez tenha sido o rastro de sangue... - O demônio disse com traço de insanidade em sua voz. Ele não me atacaria. Ainda não.
    - O quê você fez com ela? - Falei com a voz trêmula
    - Coisas. Mas isso não vem ao caso. - Ele caminhou em minha direção com a cabeça pendendo para o lado e o sorriso insano. - Vim aqui para livrar você de certos problemas.
    - Que tipo de problemas? - Perguntei.
    - Do tipo que vão resolver sua vida. Veja, sabendo que a Maldição só vai piorar, você vai precisar de ajuda. Eu vi que mesmo com seus amigos ao seu lado, você acaba não progredindo no que se refere a esse assunto. Estou aqui para ajudar.
    - Eles me salvaram quando eu estava quase morrendo.
    - Com certeza! Acredito nisso. Mas depois que eles desapareceram, você descobriu algo mais? - Falou.
    Silêncio.
    Eu não precisava responder nada. Ele já sabia.
    - Como posso garantir que você não vai me enganar? - Disse eu desconfiada.
    - Eu não ofereceria ajuda se fosse traí-la. A menos que você não queira saber onde seus amigos estão.
    Levantei com um pulo, encarando-o.
    - Você sabe onde estão?
    - Sim. É só me seguir...
    Ele me guiou para o porão da casa, um lugar escuro e caíndo aos pedaços. Ele segurava um lampião que apenas iluminava um pouco do cenário. Nunca gostei de porões.
    O lugar estava cheio de teias de aranha no teto, tábuas do chão e do teto quebradas, rangendo e por fim, um líquido verde caindo do teto rachado.
    - Por acaso eles estão aqui? - Perguntei.
    Silêncio.
    Resolvi não perguntar mais sobre o misterioso paradeiro de meus amigos e Christine.
    Andamos mais um pouco até uma porta velha. Abri, mas me deparei com uma escuridão intensa, um verdadeiro breu.
    - Chegamos? - Virei-me e ouvi um estrondo atrás de mim: a porta havia se fechado e eu estava trancada ali. Tateei as paredes em busca de um interruptor, ou de algo parecido, para acender a luz.
    - Encontrei! - Exclamei. Mas quando apertei o botão, não esperava ver aquela cena.
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Podem me culpar, sei que demorei quase um mês para postar este capítulo, mas parte é porquê eu estou começando as provas trimestrais e tenho que acabar alguns trabalhos da escola. Também foi por causa da preguiça e do bloqueio criativo que tive para terminar este capítulo.
Agora que as provas terminarem e eu entrar de férias, vou ter mais tempo para postar.
Espero que entendam.
Beijos ♥

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Desculpas

Olá para todos e todas!
Sei que não postei nestas semanas, mas aqui está um dos motivos: consegui quebrar o pulso no dia 6 de outubro e fiquei até terça-feira da semana passada com o gesso.
Também peço desculpas por não ter muito tempo para escrever com a viagem que fiz com o colégio (bem no meio da semana) e com a falta de internet da casa da minha avó, já que fiquei hospedada lá por algum tempo.
Não vou prometer nada, mas eu posto assim que puder.
Beijos ♥

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Capítulo 10 - Rei e Coração de Leão


Acordei lentamente algumas horas após o nascer do Sol. Deveria ser mais ou menos 9h, pois o Sol já estava no primeiro quarto de seu caminho pela abóbada celeste. Sentia meu corpo gelado e dormente por causa do frio e obviamente do gelo. A Chave estava escondida embaixo da minha camiseta, em uma correntinha junto do colar que eu havia ganho em meu aniversário. Eu ainda não havia me acostumado a usar o vestido verde com prata longo que os Filhos da Lua e que são ninfas usam, então resolvi usar minha camiseta verde-água xadrez, meu All Star e meu jeans surrado.
     - Vejo que você conseguiu a Chave. - A anciã disse. - É melhor voltarmos. Uma amiga sua disse que havia uma surpresa para você.
     Estremeci quando ela disse isso. Percebi que era de Christine que estava falando, então lembrei do modo de como ela escondeu toda a verdade de mim e tudo acabou por piorar.
    Ela estalou os dedos e aparecemos novamente na caverna. Ela me guiou até a entrada do Refúgio e desapareceu.
    Vamos ver o quê Christine quer...
    Adentrei os portões de folhas, os quais guardavam secretamente o meu novo lar, e fui até o endereço da casa. Fui surpreendida por ver que os móveis e as coisas não estavam mais lá, mas apenas um bilhete estava colado na parede, agora nua.
    Mudamos para o final da rua, para o n° 520. Tive que fazer isso para te proteger. Explico tudo depois.
                                                       - C
    E com isso, ela me devia... 4 explicações: 1- Por quê ela escondeu tudo de mim, 2- Onde estavam os meus irmãos, 3- O quê aconteceu com minha família e 4- Por quê mudamos de casa tão repentinamente.
    Segui o mapa desenhado na folha e cheguei a um casarão que estava com uma cara de abandonado, que eu vou te contar...
    Isso Christine, você tem um ótimo gosto para casas.
    Entrei na casa e logo vi as teias de aranha nas quinas superiores das paredes. A casa, mesmo tendo teias de aranha, estava arrumada e limpa. Alguns vasos de dinastias diferentes ornamentavam as mesas, com flores exóticas dentro. Quadros dourados mostravam pinturas de condes, duquesas e marqueses, os quais os olhos pareciam estar fixados em mim. Parecia que eu havia voltado no tempo para o século 18, ou algo assim.
     Subi as escadas e notei que havia 7 quartos, fora o quarto de hóspedes e os banheiros, mas todos estavam vazios. Alguns estavam com a porta trancada, outros eu podia entrar facilmente.
    Ouvi passos na porta de entrada que me tiraram do transe, então desci as escadas para averiguar o assunto. Cheguei lá, mas não era ninguém. Ouvi novamente passos no andar de cima e uma porta se fechando. Provavelmente quem entrara ali devia ter usado um teletransporte.
    - Eu estava esperando você. - Uma voz disse. Com um sobressalto virei-me e vi uma silhueta conhecida. Mas o quê fazia ali?
    - J-Johnathan! - Começei a me preocupar. - Que surpresa te ver aqui! Como está a vida no castelo? - Johnathan era de uma família real, mas diferente de mim, ele sabia que era príncipe desde pequeno.
    - Você não sabe? - Sua voz tinha uma pitada de orgulho. - Agora sou rei.
    - Que bom! Felicidades! - Eu estava começando a entrar em pânico. Ele era humano, o quê ele fazia aqui? - Quem te trouxe até aqui?
    - Uma amiga sua. - Ele respondeu.
    Maldita! Christine, você me paga!
    Deixe-me explicar uma coisa: Johnathan e eu éramos amigos. Nossa relação agora está mais para "conhecidos", devido ao seu enorme egocentrismo e romantismo. Em outras palavras ele gostava de mim, mas era egocêntrico demais para admitir. Eu, pelo contrário, via ele como um irmão e não gostava dele como ele gostava de mim. Fui me afastando dele, e agora estamos nesse momento estranho.
    - Então, você continua sendo corajosa o suficiente para morar sozinha neste casarão abandonado, não é Coração de Leão? - Este era o apelido que ele me dera quando éramos pequenos, por eu ter coragem de fazer loucuras.
    - Continuo. Você não sabe o quão  corajosa eu fui neste último mês. Você não tem ideia. - Falei em voz baixa.
     - Imagino você livrando os humanos da bestas que existem do outro lado da fronteira. - John disse tranquilamente. No mesmo instante fiquei paralisada. O que as bestas-feras estavam fazendo na fronteira?
    - Droga, Droga, Droga! - murmurei baixo o suficiente para ele não ouvir. - Isso não pode estar acontecendo.
    - Então os dois estão aí. - Ouvi uma voz na escadaria. - Eu estava procurando vocês por toda a parte. - Era Christine, com sua máscara e a coruja-de-igreja no seu ombro. Ela olhou para nós. - Rei e Coração de Leão, que bela dupla. Posso falar com ela por um instante?
    - Claro! - John concordou.
    Nos afastamos dele e fomos para o segundo andar. Eu sabia o que ela queria: me dar as tão desejadas explicações.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Capítulo 9 - A Chave de Valliers


    - Delia. - Alguém me chamou. - Delia acorde.
    Abri lentamente meus olhos. Sentia meu corpo leve, quase etéreo. Eu sabia que estava dormindo, mas era como se esivesse acordada, pois sentia cada músculo de meu corpo, cada respiração e cada batimento cardíaco.
    Olhei para a figura mascarada. Tinha os cabelos ruivos, os olhos azuis e pele pálida. Sua cintura era fina e tinha uma delicadeza extrema Ela carregava uma coruja-de-igreja em seu ombro.
    - Você precisa vir. - Disse ela em um sussurro. - É algo muito importante.
    - O paradeiro da Chave. - Falei. Ela apenas assentiu, parecendo preocupada de que alguém nos visse, sempre olhando para os lados.
    - Vamos. - Ela puxou meu braço com força. - Vou levá-la até ela.
    Ela me conduziu até uma gruta estranha, com luzes penduradas no teto e flutuando pelo ar. Lá era frio, mas não o suficiente para acabar congelando.
    - Não temos muito tempo. - Disse a mascarada com a voz trêmula. - Temos que achar antes que eles nos encontrem.
    Eles? Mais uma vez essa história de eles?
    - Sei que você está desconfiada, mas já vou lhe esclarecer.
    - Chega de tanto mistério! Revele quem você é!  - Disse eu impaciente.
    Ela hesitou por um instante, parecendo tremer. Ela tirou a máscara e entrei em choque ao descobrir quem era.
    - Eu sou Kristina, ou melhor, Christine, sua irmã.
    - CHRISTINE?! - Recuei alguns passos. - Como você é minha irmã se seu sobrenome é Gautienne?
    - Tive que mudar de sobrenome para proteger você. Se descobrissrm que eu sou sua irmã, coisas ruins podem acontecer com nós duas.
    - E o resto da família. Irina, Vanya e Nikolai? O quê aconteceu com eles?
    - Estão bem. - Ela pareceu se tranquilizar um pouco. Christine olhou para os lados apreensiva. - Não há tempo para explicações. Vamos procurar a chave.
    Vasculhamos toda a gruta, entre as pedras, entre as coisas lá deixadas, mas não encontramos nada. Até que vimos alguns escritos na parede da gruta.
Se esperto você for, a chave você irá encontrar.
    Havia um desenho com um círculo e dois traços saindo deste. Só pode ser!
    Encostei minha mão na parede, logo em cima do desenho, e ele começou a brilhar. Uma chave prateada saiu da parede e veio em minha direção, e pousou levemente em minhas mãos. Uma voz ecoou pela gruta.
    Você conseguiu o primeiro objeto da Maldição, mas não pense que vai facilitar. Os desafios ainda mais difíceis vão ficar.
    Logo após isso, a gruta começou a tremer. Pedras caíam do teto e estavam começando a bloquear a saída.
    - Corra! Vamos embora daqui! - Gritei.
    Corremos para longe do fundo da gruta, chegando a tempo de sair de lá sãs e salvas.
    - É melhor voltarmos. Foi uma noite longa.
    Voltamos um pouco antes do sol nascer, chegando na hora dos primeiros raios solares. Christine mandou a coruja-de-igreja para longe, provavelmente mandando-a para seu ninho.
    - Por quê você escondeu esse segredo por tanto tempo de mim? - Perguntei hesitante.
    - Como eu disse antes, eu tive que proteger você. As vezes, mudar o sobrenome pode salvar a sua vida. - Disse ela. Eu havia notado há pouco tempo que seu cabelo havia parado de mudar de cor. - Vou deixar você descansar. Até mais.
    O sol surgiu e Christine desapareceu.
   

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Capítulo 8 - O Desfiladeiro Garras de Prata


    Era noite quando chegamos ao Desfiladeiro. Agora eu entendia o porquê do seu nome: à luz da Lua seu gelo ficava prateado, e sua forma era de uma garra.
    Lá era frio, mas por ter sido criada em um lugar frio, não sentia nada.
    - Quem é você? - Perguntei. - Por que estamos aqui?
    - Você não precisa saber quem eu sou, mas é necessário que você saiba o motivo pelo qual estamos aqui. - Disse ela calmamente. - Viemos para cá, pois está havendo uma Revolução combinando o Mundo Humano e Imperius. - Imperius era nosso mundo mágico. - Alguns dos humanos descobriram o portal para o nosso mundo, e agora querem tomar nossos poderes à força. Devo lhe contar que a Caverna de DeepVale está na região de Vero.
    - Onde fica isso?
    - Fica ao norte de Héron e ao sul de Sofer. Lá foi lançada a maldição, mas a Caverna está sendo guardada por humanos, que cobiçam suas forças mágicas.
    - Mas qual o motivo que você me trouxe para cá? - Disse eu.
    - Aqui está um dos objetos da quebra da maldição: a Chave de Valliers.
    - E o quê a Chave faria?
    - Ela vai abrir a porta para a Caverna. Assim você estará se aproximando cada vez mais da quebra da Maldição.
    - É melhor nós irmos. - Disse eu. - Já é noite, e estou preocupada com os que deixamos na caverna.
    - Mais uma coisa. - A anciã olhou para mim. - Um dos seus companheiros é mais próximo do que parece.
    - Como assim? - Perguntei.
    - Você vai descobrir. - Ela falou com um ar misterioso.
    Então um nome ressoou na minha cabeça.
    Kristina... Kristina... Christine!
    Christine! É isso!
    - Christine é minha irmã! - Gritei. - Mas no quê isso vai nos ajudar? - Automaticamente muitas dúvidas começaram a se formar em minha cabeça, mas a que martelava mesmo era: Por quê Christine nunca dissera que era minha irmã mais velha?
    - Isso vai ser importante em um desafio que virá pela frente. - Disse ela. - Porém você ainda não está pronta para enfrentar seu destino. Teremos que conseguir a chave de Valliers antes.
    - Em qual lugar do Desfiladeiro iremos conseguir a chave? - Perguntei.
    - Não é exatamente no Desfiladeiro que vamos encontrar a chave. Estamos no lugar correspondente ao Himalaia. Este desfiladeiro é um portal para o Mundo Humano, e vai ser lá que pegaremos a Chave.
    - No Himalaia. Pegaremos a Chave no Himalaia. - Repeti incrédula. - Sem chance! Ouvi dizer que muitos morreram ao tentarem subir uma de suas montanhas. Como nós faremos isso?
    - Humanos subiram e morreram. Não esqueça que somos criaturas mágicas. Podemos voar, nos teletransportar e sobreviver as temperaturas mais altas ou até mesmo as mais baixas. Nada vai acontecer conosco.
    - Iremos amanhã de manhã. - Disse eu. - Estou um pouco cansada, então já vou dormir. Boa noite.
    Tive uma noite agitada e com sonhos estranhos. Apenas um deles foi importante para mim.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Capítulo 7 - A Volta à Caverna


    Acordei atordoada na minha cama. Aquilo fora só um sonho, ou uma experiência real?
    Eu estava um pouco surpresa e triste com tudo o que havia acontecido. Era um misto de sentimentos e dúvidas que eu sofria naquele momento. Como eu acordei aqui, se eu não havia passado pelo portal? Como meus irmãos morreram e meus pais não?
    Eram tantas perguntas que se formavam na minha cabeça e que provavelmente não seriam respondidas...
    Saí da cama e fui procurar Christine. Ela saberia o que fazer. Encontrei-a conversando com um segurança na frente dos portões do Refúgio.
    - Christine! - Corri até ela. - Posso falar com você por uns instantes?
    - Claro, querida.
    Puxei ela para longe do guarda.
    - Descobri algo sobre mim. - Sussurrei.
    - Que bom! Conte-me.
    - Descobri que eu tinha irmãos, e que, bem... eles foram mortos.
    - Que horror! - Ela pareceu um pouco nervosa. - Acho que eu ouvi o alarme tocando, é melhor você voltar para casa.
    - Christine, o quê está acontecendo?
    - Nada. - Ela era um poço de nervos. - Está tudo bem!
    - Hum... Ok, então... Nos falamos depois.
    Havia algo estranho acontecendo. E eu iria descobrir!

***

    Voltei para casa relutantemente. Sabia que o alarme não havia soado e que ela não estava falando a verdade. Por que será que mentiria assim?
    Ouvi um barulho seguido de um brilho. A máscara prateada estava se movendo e brilhando. Eu sabia que deveria colocá-la. Ouvi novamente a musica a capela.

"A Máscara Prateada vai lhe ajudar
Se ela você colocar.
As mascaradas querem lhe mostrar
O passado e como o futuro pode mudar.
A Garota da Marca é a única que pode nos salvar
Você é esta garota, então é melhor começar!"

    Coloquei a máscara em meu rosto e novamente encontrei-me na mesma caverna de antes. A anciã recomeçara a falar.
    - Uma menina, da nossa espécie, irá quebrar essa maldição que nos inferna. Ela terá a marca da lua, será uma estranha, vinda de um lugar distante. Dois objetos a ajudariam a quebrar, e seria no mesmo lugar em que a maldição fora laçada: a Caverna de DeepVale. Ela é localizada na região de... - A anciã calou-se abruptamente. Do lado de fora, barulhos de tiros eram emitidos. Podíamos ouvir gritos e víamos pessoas correndo e muitas delas caindo no chão. - Escondam-se!
    Todos correram para o fundo escuro da caverna e encolheram até ficarem do tamanho de uma mosca. Lembrei-me que li no diário de Elizabeth que eu poderia mudar meu corpo para o tamanho ou cor que quisesse. Fechei os olhos e concentrei-me em encolher meu corpo.
    Os humanos invadiram a caverna, procurando por algo ou alguém. Gelei até o último fio de cabelo, pensando que eu era a procurada.
    Temos que ir ao Desfiladeiro Garras de Prata.
    Olhei para trás e a anciã olhava fixamente para mim, mas com um olhar calmo e gentil.
    - Dê-me a sua mão. - Estendi minha mão o mais rápido que pude para a mulher, e apenas com um piscar de olhos, nos encontramos em um lugar totalmente diferente. O Desfiladeiro Garras de Prata.
    E eu tinha a sensação que eu já estivera lá em um passado distante.

sábado, 30 de agosto de 2014

Curiosidades

Curiosidade #1: Os pais de Delia tiveram 5 filhos, Irina (a mais velha), Vanya (gêmea de Kristina), Kristina (gêmea de Vanya), Nikolai ( irmão mais velho de Delia, por apenas 1 ano) e Delia (a mais nova).

Se vocês estiverem surpresos sobre o outro sobrenome de Delia -- seria Delia Ivanova Markovic Vasilyeva Paraskevi -- resolvi colocar a árvore genealógica da família dela:

                Alexei Ivanov---------------Katia Vasilyev                    
|____________________________________|
                                                   |                  
                          Vladimir Ivanov*----------Elizabeth Paraskevi
                                          |______________________|
         |
   Aleksandra Ivanov Paraskevi*-------------Abram Markovic
|_________________________________|
                                                |
          Tibério Ivanov Markovic*------------Vivian Paraskevi
            |__________________________________________________|
                  |                 |                 |             |                 |
               Irina°     Vanya°    Kristina°     Nikolai°    Delia°*

___________________________________________________________________
Obs: Quem tem o *, ganhou a coroa de Corialle.
___________________________________________________________________

Curiosidade #2: Delia e seus irmãos nasceram apenas "Paraskevi", mas têm o sangue de "Ivanov", " Markovic" e "Vasilyev" correndo por suas veias. (Marquei com ° para mostrar que todos têm o mesmo sobrenome.)

Curiosidade 3#: De todos os seus irmãos, Delia foi a única a nascer com a Marca da Lua e a única a ser uma Filha da Lua.

Curiosidade 4#: Como deu para perceber, Delia e seus irmãos são pertencentes a uma família russa.

Curiosidade 5#: Em Corialle, muitos falam russo e a língua-mãe de Delia é este idioma. (Não se surpreendam se aparecer uma palavra em russo, colocarei o significado na nota de rodapé.)

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Capítulo 6 - Viagem ao Passado


    Droga!
    A mulher ia falar, quando tudo desapareceu! Como eu posso desvendar isso se não consigo ouvir o que ela diz? Isso vai ser ainda mais complicado do que eu pensei.
    Levantei-me da cama, e para minha surpresa havia uma carta sobre a mesa. Ela dizia:

    Delia,
    Christine nos liberou da missão, por enquanto. Fomos ajudar Aurich com suas obrigações e seu trabalho. Não pense que está por conta própria, mas isso é apenas por algum tempo.
    Isso é pelo seu próprio bem, e pelo bem da equipe. Voltaremos mais fortes do nosso "retiro" e prontos para lhe ajudar.
    Estaremos de volta em alguns dias.

    Até logo.

Kath, Mia, Anna, Nick e Will.

    Que estranho. Christine não os liberaria de uma missão, sendo que é praticamente uma corrida contra o tempo.
    Olhei novamente a máscara e tive uma ideia: colocá-la uma terceira vez. Afinal, mal não faria se eu tentasse novamente, não é?
    Vamos ver se funciona...
    Esperei por alguns segundos e nada aconteceu. Tirei-a do meu rosto e analisei cada detalhe. Percebi que faltava alguma coisa... O diamante!, pensei. Ele não estava mais lá. O pequeno diamante preso na região da testa da máscara não estava mais lá. Alguém o havia arrancado.
    Procurei por todo o lugar, embaixo das camas, nas cômodas e em qualquer lugar imaginável. Até que... encontrei uma abertura no teto. Era a porta de um sótão. Vi que havia uma corda fina, desgastada pelo tempo, quase arrebentando e resolvi puxá-la. A porta cedeu e a escada para o sótão desceu.
    Lá estava escuro e empoeirado. Pelo pouco que podia enxergar, notei que em cima de algumas coisas, havia um pano branco por cima. Reitrei-o e ele revelou uma caixa. Ela estava vazia e parecia ser mais funda do que aparentava. Coloquei a mão dentro, e para meu espanto, ela sumiu. Era um portal que se revelava. Temerosa, pensei em que lugares ele levaria e quais seriam suas consequências. Não importa, vou entrar. Já passei por coisas piores do que isso.
    Pulei. Parecia que eu estava caindo do alto de um prédio. Eu caía em círculos e não enxergava nada. Era uma velocidade extrema, eu acabava sentindo vento no rosto.
    Caí bruscamente no chão. Ao me levantar da relva, vi um palácio enorme, assim como o que Aurich havia me mostrado. Na verdade, era ele mesmo. Ao seu redor, havia um jardim lindo, cheio de flores, árvores frutíferas e arbustos. Aproximei-me do portão. Nele havia as iniciais:

I P

    O que significaria isto?
    Abri o portão e adentrei o terreno. Vi algumas crianças saindo do palácio correndo e rindo. Tentei esconder-me, mas para minha surpresa, quando elas passaram por mim, elas me ultrapassaram. Literalmente.
    Aliviada, cheguei mais perto da construção e vi alguns escritos gravados na porta:

Residência Ivanov Paraskevi

    Aquela era a residência de meus pais. Meu pai tinha o sobrenome Ivanov e minha mãe tinha o sobrenome Paraskevi. Meu pai retirou o sobrenome Ivanov e colocou o de minha mãe.
    Adentrei a casa e ouvi uma melodia. Consegui identificar uma música vinda de um piano. Ela me era familiar.
    Segui o som e vi uma moça de idade em torno de 15 anos tocando o piano com uma maestria, que só poderia ser reproduzida por um profissional. Não pude reconhecer aquela moça.
Um homem se aproximou dela e ela parou.
    - Não consigo mais tocar como antes. - A moça falou. - Delia e Nikolai gritam e correm, acabam por me atrapalhar.
    - Isso não é problema, querida. - Ele deu um sorriso. - Devemos nos preocupar com a segurança de seus irmãos, Irina.
    As duas crianças entraram no castelo e correram para o que eu acho que era, uma sala de estar.
    - Kristina e Vanya estarão bem, assim como Delia e Nikolai. - Anna olhou para as crianças que corriam. - Você disse um dia que Delia seria importante para nosso povo. Como assim?
    O homem pareceu se preocupar.
    - A anciã falou que coisas horríveis aconteceriam com a nossa família. Disse que uma maldição recairia sobre nós e seria lançada por um traidor.
    - Diga o resto, papai. - Irina pediu
    -  Não posso dizer mais nada, Irina. Você precisa saber que eu dei a coroa para Delia por apenas um motivo. - Ele estava desesperando-se. - Coisas tenebrosas vão acontecer com você e seus irmãos, apenas um vai restar, e será ela.
    - O que vai acontecer? - A porta irrompeu e dois homens entraram no castelo.
    - PRENDAM-OS! - Um deles gritou.
    - Corra e pegue seus irmãos. Chame sua mãe e leve todos à Colina de Bordeaux. Ficarão seguros lá. - Ele virou-se, puxou uma espada e começou a lutar com os homens.
    Irina pegou as duas crianças e duas outras garotas um pouco mais novas que ela, em torno de 12 ou 13 anos. Chamou uma mulher de 30 anos mais ou menos e correu para o lado de fora.
    Segui-os até o campo verde de uma colina, todos alvoroçados e com medo.
    - Por quê aqueles homens entraram em nossa casa? - o garotinho perguntou.
    - Eu não sei, Nick. Nós teremos que esperar papai aqui. - Irina disse.
    A garotinha ao seu lado ia chorar, mas a mulher de 30 anos pegou-a no colo e a tranquilizou.
    - Acalme-se. Vai ficar tudo bem. - Ela disse.
    Fez se um silêncio na parte de baixo da colina. Tudo havia acabado. Vi que, entre a névoa que se formara, saia uma sombra de três pessoas.
    Isso não poderia ser bom.
    Eram os mesmos homens que eu vira no castelo, mas estavam com mais alguém. Era... meu pai? Ele era o homem que havia falado com Irina?
    Ele estava acorrentado e os dois homens o seguiam atrás.
    - Iris - Papai disse. - Você sabe para onde ir.
    Iris correu para longe, segurando a mão da garotinha, ou melhor, eu. Ela estava chorando. Talvez soubesse o que iria acontecer. Entramos em um portal e saímos em uma colina, que coincidentemente se chamava Colina de Bordeaux.
    Tudo mergulhou em um silêncio profundo até nós chegarmos à um chalé, que eu reconheci como minha casa atual (em Nuvia).
    - Delia, vai ficar tudo bem. Papai e Mamãe vão voltar, apenas não sei se... eu e os outros vamos. - Uma lágrima rolou pela sua face. - Sempre vou estar com você.
    Ela deixou uma foto em minha mão e me mandou entrar na casa. Meus pais chegaram logo depois, com lágrimas nos olhos e muito arranhados. Eu sabia o que havia acontecido. Só não queria que tivesse.
    Meus irmãos haviam morrido.
    Pelo menos, foi o que eu pensei.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Capítulo 5 - A Máscara do Passado (por Anna Dolman)


Por um momento pensei qur tudo que havia ocorrido não passara de um sonho, mas ao ver uma máscara prateada em cima da minha cômoda soube que tudo aquilo era real. Peguei-a delicadamente e fiquei por longos minutos a examinando. Era linda, toda detalhada… e tão delicada que parecia que a qualquer instante a máscara se partiria ao meio. Mas…percebi uma coisa. Essa mascara não era igual a que elas estavam usando. Era diferente. Toda prateada com detalhes da mesma cor e um pequeno diamante transparente, ali preso. De repente um vento atravessou a janela. E eu ouvi uma musica a capela.

" A Mascará Prateada vai lhe ajudar
Se ela você colocar.
As máscaradas querem lhe mostrar
O passado e como o futuro você pode mudar.
A Garota da Marca é a unica que pode nos salvar
Você é essa garota, então é melhor começar!"

    Reconheci a voz de Amber e Eleanor, a outra voz deveria ser de Megan. A cantiga ficou presa em minha memória. Hesitei em colocar a máscara sobre meus olhos.Uma voz na minha mente gritava para  mim:"Não seja burra! Pode ser uma armação! Você acabou de conhece-las!"
Mas também tinha outra voz que gritava mais alto:" Elas são como você, precisam de ajuda! Elas merecem ser salvas!". Essa luta de vozes na minha cabeça me obrigou a sentar. Talvez a primeira voz esteja certa…ou talvez não. Elas parecem ser confiaveis. E que mal pode fazer? É apenas uma mascara. Cheia de corajem peguei a mascara novamente e levei até meu rosto. No instante em que eu a coloquei me arrependi. Uma força invisivel estava me forçando a fechar meus olhos. Quando consegui os reabrir, vi que o meu quarto havia sumido e eu estava naquela mesma caverna em que antes as Mascaras me levaram. Porém não vi nenhum desenho nas paredes. Ouvi gritos e cambaleei. Resolvi sair da caverna para ver o que estava acontecendo lá fora. Porém o ambiente de antes já não era mais o mesmo. Soldados correndo atras de o que pareciam ser meros plebeus. Pensei em correr para ajudar uma menina que se debatia nos braços do homem, mas notei que eu estava sem o meu arco e flecha. Tive que improvisar. Peguei um machado jogado no chão e cortei a corda dos cavalos da carroça em que os guardas colocavam os plebeus e atirei o machado na fechadura que os prendia. Logo o portão de madeira que os encurralava caiu no chão e eles saíram correndo, alegres mas ainda desesperados. Foi ai que eu senti uma mão puxando meu braço. Era uma velha senhora. Ela colocou em minhas costas o que parecia ser uma colcha cinza toda empoeirada; demorei para perceber que era uma espécie de capa cinza. Com um sinal, ela me guiou até uma cabana velha e pequena. La dentro, ela me perguntou se eu aceitaria um pouco de sopa; agradeci mas disse que não estava com fome.
— Por favor, sente-se — disse a velha senhora. Obedeci sem demorar. Ela sentou na minha frente.
—Eu sabia que você viria, - ela começou- a proclamação dizia que você viria três dias depois, do lançamento da maldição. Hoje, todos de sua especie que restaram estarão comigo, para ouvir a historia da Garota da Marca. Depois que lançaram a maldição, eu previ algo que poderia nos salvar e agora eu vou contar o que vi para eles. 
Fiquei em silêncio por alguns momentos, não sabia se eu ou ela que teria de falar algo. Ela tomou a iniciativa novamente:
— Você deveria vir, para saber exatamente o que tem que fazer.
Afirmei com um sinal.
Ela me guiou para porta e depois para a caverna que antes eu estava escondida. La havia varias criaturas na verdade. Elfos…bem acho que so elfos mesmo. Mas também tinha varias garotas sentadas em uma roda, e vi que algumas delas tinha marcas. Talvez as das outras estivessem escondidas. A velha senhora sentou-se em uma pedra e eu sentei ao seu lado.
- O que nós vamos fazer? Estão sequestrando gente de nossa especie!- disse uma menina de cabelos negros
-Se isso continuar, não vai sobrar mais ninguém
 dessa especie! - disse um elfo
Não demorou muito para a caverna ficar cheia de murmurios. Ela estendeu a mão e o barulho cessou. O silencio foi interrompido quando a senhora começou a falar:
- Meus queridos,  acalmem-se que essa calúnia terá fim. Uma menina, da nossa espécie, irá quebrar essa maldição que nos inferna. Ela terá a marca da lua, será uma estranha, vinda de um lugar distante. Dois objetos a ajudariam a quebrar, e seria no mesmo lugar em que a maldição forá lanç…
A voz da senhora idosa estava ficando fraca e parecia que a caverna ia se afastando e meu quarto se aproximando
-Não!- gritei para o que era a imagem borrada de uma caverna cheia de pessoas. Ninguém me ouvia- Eu preciso saber onde é!
Fui forçada a fechar meu olhos novamente, e quando os reabri, esta de volta ao meu quarto. Perto do criado-mudo segurando a mascara. Coloquei-a mas nada ocorreu. Precisava saber onde eu quebraria a maldição.Pelo visto, isso eu teria que resolver sozinha. Curte o que custar!

Fim do concurso!

Foi bom, foi legal e acabou. Admito que só foram umas 3 ou 4 pessoas que participaram, mas fiquei contente com seus capítulos e sua participação.
Vou colocar agora e depois o capítulo como demonstração e como individual.
A vencedora é

Anna Dolman!!!

Parabéns, pegue seu prêmio à direita rsrs!

Como prometido, vou colocar seu nome em uma personagem (que não seja a Anna, a amiga de Delia) e seu texto publicado como individual.

Aqui vai:

Capitulo 5 - A máscara do passado

Por um momento pensei qur tudo que havia ocorrido não passara de um sonho, mas ao ver uma máscara prateada em cima da minha cômoda soube que tudo aquilo era real. Peguei-a delicadamente e fiquei por longos minutos a examinando. Era linda, toda detalhada… e tão delicada que parecia que a qualquer instante a máscara se partiria ao meio. Mas…percebi uma coisa. Essa mascara não era igual a que elas estavam usando. Era diferente. Toda prateada com detalhes da mesma cor e um pequeno diamante transparente, ali preso. De repente um vento atravessou a janela. E eu ouvi uma musica a capela.
" A Mascará Prateada vai lhe ajudar
Se ela você colocar.
As máscaradas querem lhe mostrar
O passado e como o futuro você pode mudar.
A Garota da Marca é a unica que pode nos salvar
Você é essa garota, então é melhor começar!"

Reconheci a voz de Amber e Eleanor, a outra voz deveria ser de Megan. A cantiga ficou presa em minha memória. Hesitei em colocar a máscara sobre meus olhos.Uma voz na minha mente gritava para  mim:"Não seja burra! Pode ser uma armação! Você acabou de conhece-las!"
Mas também tinha outra voz que gritava mais alto:" Elas são como você, precisam de ajuda! Elas merecem ser salvas!". Essa luta de vozes na minha cabeça me obrigou a sentar. Talvez a primeira voz esteja certa…ou talvez não. Elas parecem ser confiaveis. E que mal pode fazer? É apenas uma mascara. Cheia de corajem peguei a mascara novamente e levei até meu rosto. No instante em que eu a coloquei me arrependi. Uma força invisivel estava me forçando a fechar meus olhos. Quando consegui os reabrir, vi que o meu quarto havia sumido e eu estava naquela mesma caverna em que antes as Mascaras me levaram. Porém não vi nenhum desenho nas paredes. Ouvi gritos e cambaleei. Resolvi sair da caverna para ver o que estava acontecendo lá fora. Porém o ambiente de antes já não era mais o mesmo. Soldados correndo atras de o que pareciam ser meros plebeus. Pensei em correr para ajudar uma menina que se debatia nos braços do homem, mas notei que eu estava sem o meu arco e flecha. Tive que improvisar. Peguei um machado jogado no chão e cortei a corda dos cavalos da carroça em que os guardas colocavam os plebeus e atirei o machado na fechadura que os prendia. Logo o portão de madeira que os encurralava caiu no chão e eles saíram correndo, alegres mas ainda desesperados. Foi ai que eu senti uma mão puxando meu braço. Era uma velha senhora. Ela colocou em minhas costas o que parecia ser uma colcha cinza toda empoeirada; demorei para perceber que era uma espécie de capa cinza. Com um sinal, ela me guiou até uma cabana velha e pequena. La dentro, ela me perguntou se eu aceitaria um pouco de sopa; agradeci mas disse que não estava com fome.
— Por favor, sente-se — disse a velha senhora. Obedeci sem demorar. Ela sentou na minha frente.
—Eu sabia que você viria, - ela começou- a proclamação dizia que você viria três dias depois, do lançamento da maldição. Hoje, todos de sua especie que restaram estarão comigo, para ouvir a historia da Garota da Marca. Depois que lançaram a maldição, eu previ algo que poderia nos salvar e agora eu vou contar o que vi para eles.
Fiquei em silêncio por alguns momentos, não sabia se eu ou ela que teria de falar algo. Ela tomou a iniciativa novamente:
— Você deveria vir, para saber exatamente o que tem que fazer.
Afirmei com um sinal.
Ela me guiou para porta e depois para a caverna que antes eu estava escondida. La havia varias criaturas na verdade. Elfos…bem acho que so elfos mesmo. Mas também tinha varias garotas sentadas em uma roda, e vi que algumas delas tinha marcas. Talvez as das outras estivessem escondidas. A velha senhora sentou-se em uma pedra e eu sentei ao seu lado.
- O que nós vamos fazer? Estão sequestrando gente de nossa especie!- disse uma menina de cabelos negros
-Se isso continuar, não vai sobrar mais ninguém
 dessa especie! - disse um elfo
Não demorou muito para a caverna ficar cheia de murmurios. Ela estendeu a mão e o barulho cessou. O silencio foi interrompido quando a senhora começou a falar:
- Meus queridos,  acalmem-se que essa calúnia terá fim. Uma menina, da nossa espécie, irá quebrar essa maldição que nos inferna. Ela terá a marca da lua, será uma estranha, vinda de um lugar distante. Dois objetos a ajudariam a quebrar, e seria no mesmo lugar em que a maldição forá lanç…
A voz da senhora idosa estava ficando fraca e parecia que a caverna ia se afastando e meu quarto se aproximando
-Não!- gritei para o que era a imagem borrada de uma caverna cheia de pessoas. Ninguém me ouvia- Eu preciso saber onde é!
Fui forçada a fechar meu olhos novamente, e quando os reabri, esta de volta ao meu quarto. Perto do criado-mudo segurando a mascara. Coloquei-a mas nada ocorreu. Precisava saber onde eu quebraria a maldição.Pelo visto, isso eu teria que resolver sozinha. Curte o que custar!


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Concurso!!!


     Boa tarde, meus amigos! Quero dizer que esta semana está realmente agitada para mim (ainda mais na semana que vem com as trimestrais, Deus me livre!) e ainda com a oratória do Fantasma da Ópera que tenho amanhã, vai ser complicado postar :\
    Maaas não foi por isso que vim aqui! Foi porque quero propor uma coisa para vocês. Como diz o título do post, eu resolvi fazer um concurso. Será assim:
    Quem conseguir dar a melhor sugestão para o próximo capítulo, ou escrever o melhor cap, vai ter seu nome na história e seu cap publicado, fazendo parte do livro.
As regras são essas:

1 - O prazo do concurso vai até o dia 25/08
2 - Deve ser coerente com a história e com seu futuro
3 - Deve ter o seu nome e título to cap
4 - Enviem para este e-mail: giovanna.belle.gb@gmail.com

Espero que vocês participem! :3

Beijos Gio

Capítulo 4 - As Mascaradas


    Eu estava cara a cara com o Encapuzado.
    Ele me encarava. Não dizia uma única palavra e parecia assustador. Sua túnica estava suja com o pó da estrada e seu corpo estava tenso. Ele estava em posição de ataque.
    Ele atacaria se eu me mexesse bruscamente.
    Eu estava tensa e se ele fizesse qualquer movimento, eu também atacaria. Estávamos em um jogo de estátua perigoso: quem se mexesse, perdia a vida.
    Seu corpo ficou ainda mais tenso, se é que isto é possível. Suas pupilas dilataram e pegou algo em seu bolso.
    Era uma faca.
    Prontamente fui para cima dele, com meu arco na mão. Atirei uma flecha contra seu corpo e ele pulou na escrivaninha sem fazer barulho. De lá, pulou novamente e cortou minha blusa. Na altura de minha clavícula.
    Minha marca ficou à mostra e, por um momento, segurei a respiração. Eu não me atrevia a me mexer. O Encapuzado ficou paralisado, com os olhos fixos em minha marca. Ele recolheu a faca e ficou de pé, com suas costas eretas. Colocou a mão no seu capuz, hesitante.
    Não vai fazer isso.
    Para minha total e completa surpresa, ele tirou o capuz, e revelou uma jovem de cabelos castanhos, com uma máscara prateada em seu rosto, que cobria seus olhos azuis.
    Sem dizer uma palavra, pediu para que eu a seguisse. Ela me conduziu por um caminho estreito de árvores sem folhas, que levava a uma caverna. Estava escuro e eu não conseguia enxergar muito bem, mas logo a garota fez uma labareda aparecer em sua mão, e assim o caminho clareou. A caverna era larga, várias pessoas podiam entrar lá juntas, sem nenhuma ficar apertada. As paredes e o teto eram fundidos em um semicírculo cheio de estalagmites e estalagtites. Podíamos ver até alguns morcegos descansando nas rochas.
    Chegamos até um lugar iluminado, onde outras duas pessoas estavam igualmente com capuzes e túnicas.
    - Cheguei. - A garota disse. - Trouxe alguém que acho que vocês vão gostar.
    As duas garotas se viraram e tiraram os capuzes. Uma delas tinha cabelos loros e a outra tinha o cabelo preto,  a segunda tinha os olhos castanhos e a outra tinha os olhos verdes. As três tinham máscaras prateadas com detalhes dourados, os quais apenas ressaltavam a beleza delas. Eu me sentia estranha sendo a única ruiva por ali e a mais pálida de todas.
    - Então? Quem é ela? - A loura apontou para mim.
    - Eu não sei, mas ela tem a marca. - Disse a garota do cabelo castanho.
    - A marca? - A morena e a loura disseram em uníssono.
    - Exato.
    As duas foram para cima de mim, abrindo mais o rasgo da minha camiseta, para poder ver melhor.
    - É incrível! - Disse a morena. - Quer dizer... Ela é a Marcada!
    - Ela é a filha do rei, Megan. - A loura explicou. - Claro que ela é a Marcada!
    - Mas do quê vocês estão falando? - Empurrei elas para longe.
    - Foi há muito tempo... - A loura começou. Ela pegou uma tocha e iluminou as paredes da caverna. Estavam cheias de desenhos de pessoas e outras coisas. - Uma antiga profecia dizia que a Marcada livraria nosso povo e nossa espécie de uma maldição. A garota seria uma estranha, vinda de um lugar distante e desconhecido. Ela teria que conseguir dois objetos e um lugar apropriado para a quebra da Maldição. A Marcada teria cabelos ruivos e revoltos, a pele pálida, olhos verdes e o principal: a marca da Lua. Todos aqui têm uma marca, mas nenhum deles têm a Lua.
    - Como pode ver, a Profecia já previa a sua chegada há muito tempo, quase uma eternidade. - Morgana disse. - Nós também somos seres mágicos chamados Coeurs, seres que, apesar do nome significar "Corações", é totalmente o contrário. Somos seres amáveis (daí o nome), mas ladrões e esta espécie é apenas formada por mulheres. Temos poderes regidos pelo Sol.
    - Enfim. - Minha guia falou. - Devemos nos apresentar ou não?
    - Ah! - A de cabelos negros colocou a mão na testa. - Megan.
    - Amber. - A loura falou.
    - Eleanor. - A morena disse. - Você deve ter ouvido Lia falando.
    - Lia? - Estranhei.
    - Eleanor. - Megan revirou os olhos brincando.
    - Hum... Meu nome é Delia.
    - Prazer! - Megan disse alegre.
    Amber olhou em direção à entrada da caverna e massageou suas têmporas, fechando os olhos.
    - Acho que vão dar pela sua falta no Refúgio se você não voltar logo.
    - Como você sabe do Refúgio? - Perguntei um pouco desconfiada.
    - Bom... - Ela ficou sem jeito.
    - Vocês que estão roubando os suprimentos de lá! - Exclamei. - Por quê fazem isso?
    Fez-se um longo silêncio. Podíamos ouvir o barulho da água escorrendo em algum lugar mais para dentro da caverna.
    - Então? Por quê fazem isso? - Insisti.
    - Temos que fazer isto. - Eleanor falou. - Nenhuma de nossa espécie é aceita em algum lugar, pois temos a natureza de um ladrão e podemos facilmente atormentar algumas pessoas. Não é nossa culpa se somos assim. As filhas da primeira Coeur deram origem a três linhagens: Annerita, Camilisa e Jadesite. O início eram os seus nomes, e no final, alguma palavra na língua antiga. A linhagem Jadesite tinha a característica de uma ladra, então todos provenientes dessa linhagem, tem essa característica. Não podemos evitar!
    - Bom, é melhor eu voltar. Desta vez eu deixo passar, viu. - Disse eu brincando.
    Elas acenaram e eu fui teletransportada para meu quarto no sótão da casa. Pude captar um fraco pensamento de Amber:
    Nós nos veremos novamente, Delia.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Capítulo 3 - Investigações


    - Christine.- Corri até sua direção. - Quem eram aqueles guardas?
    - Já lhe expliquei, querida. Eles vêm para...
    - ...procurar os fugitivos, já sei. A pergunta é: quem são estes guardas?
    Christine pareceu empalidecer.
    - Eram humanos. Podem ter alguma descendência mágica, pois assim sabem quem nós somos. Trabalham para um ser desconhecido, cujo nome ninguém sabe. Ninguém fala deles, pois dizem que coisas ruins acontecem. É muito perigoso tentar descobrir sobre eles, querida.
    - Por que? - Insisti.
    - Prometa que você vai se proteger. Mude seu sobrenome.
    - Para qual?
    - Delia Evergreen. Esse vai ser seu sobrenome temporário... - Alguém veio correndo na sua direção, era um homem. Ele sussurrou algo no seu ouvido que lhe pareceu extremamemte preocupante, tanto que ela chegou a arregalar ainda mais os olhos azuis. - Estou indo. - Ela respondeu. - Delia, volte para casa. Agora.
    - Tudo bem. - Virei-me e corri para casa.
    Do que será que Christine estava falando?
    Sentei em minha cama. Ninguém estava lá além de mim.
    O quarto entrou em silêncio profundo, mas que logo foi quebrado por gritos vindos da casa abaixo. Desci da árvore e resolvi ver o que estava acontecendo. Dois homens armados estavam perguntando algo para uma moça e ela respondia aflita. Me escondi perto do lugar e ouvi a conversa.
    - O quê exatamente havia acontecido? - Um dos homens perguntou.
    - Eu não sei bem. - Ela disse. - Eu estava arrumando a casa, quando alguém encapuzado, de túnica vermelha, quebrou a janela e desapareceu logo em seguida. Ele apenas roubou uma espada, Graças à Deus!
    Mas o quê? Ele rouba uma espada e ela diz Graças à Deus? Loucura!
    Saí de trás da àrvore e ouvi mais gritos. Corri novamente, desta vez para um celeiro.
    - Roubaram a comida! - Um fazendeiro dizia. - Um homem encapuzado, de túnica verde, roubou a maioria da nossa colheita. Agora não poderemos vender a comida para o mercado e alimentar as pessoas.
    Mais outra desse encapuzado?
    Novamente gritos foram escutados, em uma reserva de água.
    - Levaram a água. O tanque está quase vazio. - Um garoto choramingava.
    - O que aconteceu? - Cheguei mais perto dele.
    - Um encapuzado, de túnica azul, levou a água e deixou o tanque praticamente vazio.
    Mas que...
    - Quanto tinha naquele tanque?
    - Mais ou menos a quantidade de três barris de água.
    - Obrigada. - Voltei para casa e tranquei a porta. Percebi que, com todos os roubos, deveria deixar a porta trancada e não marcar bobeira.
    Ouvi um barulho na porta, deveria ser alguém batendo.
    - Quem é? - Perguntei.
    Ninguém respondeu.
    - Quem está aí? - Disse eu.
    Novamente fiquei sem resposta.
    Resolvi não falar mais nada. Acho que foi só o vento.
    Novamente os baulhos recomeçaram, mas desta vez mais fortes e insistentes.
    - Quem está aí? - Gritei.
    Tudo cessou. A casa ficou em um silêncio tão profundo, que poderia ouvir um lenço caindo.
    Que estranho.
    Mal eu havia pensado nisso, o vidro se estraçalhou e alguém se jogou para dentro da sala. Tinha um capuz e uma túnica vermelha. O mesmo da descrição da moça roubada. Reconheci imediatamente quem era.
    Eu estava cara a cara com o Encapuzado.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Aviso

Pessoal, não vou conseguir postar por algum tempo. Estou sem criatividade a semana inteira e não estou conseguindo criar nada. Relaxem que o blog não está em hiatus, mas quero dizer que em agosto as postagens não serão frequentes, ou talvez eu pare um pouco de postar por algum tempo. Não vou postar esta semana nem nas próximas duas semanas. Minha vida está um pouco complicada, pois tenho que passar o rascunho ainda dos próximos capítulos e tenho quenestudar para algumas provas da semana que vem, mas eu asseguro vocês que quando eu voltar, vou postar os capítulos prontos a semana inteira!
Espero que entendam.
Beijos Gio.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Capítulo 2 - Chegada


    Não acreditei em meus olhos quando vi a paisagem. Era algo lindo para algo que eu pensei ser um deserto com grama morta e com casas escondidas em folhas e outros lugares. Justamente o contrário: florestas abundandes, lagos e córregos limpos e grama viva e verde.
    Algumas casas se encontravam em amontoados de folhas, as quais formavam um abrigo para quem as visse, outras em lagos límpidos e outras mais em cima de galhos de árvores.
    Os habitantes eram bem diferentes das Crystales, mas haviam alguns Elfos junto. Eles tinham a pele e olhos claros, cabelos de cores variadas e formas diferentes marcadas nos braços, nos pulsos e nas costas das mãos. Algumas mulheres levavam cestas nas costas, poucas delas de mãos dadas com crianças e as crianças se balançavam nas árvores, com balanços de cipós. Os homens levavam espadas na mão e outras armas. Eram fortes e robustos, guerreiros natos, enquanto as mulheres eram delicadas e bonitas.
    - São Ninfas e Elfos. - Christine disse. - Convivem em paz e nunca houve uma batalha sequer entre os clãs.
    Olhei para as famílias. Pareciam tão felizes juntos.
    - Isso é bom. - Falei depois de algum tempo. - Não vamos esperar uma briga entre clãs.
    Christine sorriu docemente para mim. Ela também observava as famílias.
    - O que aconteceu? - Perguntei.
    - As ninfas. - Christine respondeu repentinamente. - São sua família.
    - O quê?! - Exclamei. - Como assim?
    - A maioria dos seres mágicos vêm da Lua, incluindo os Filhos da Lua. As Ninfas e os Elfos são provenientes da união da Lua e da terra, assim como você. A única exceção é que você vem diretamente da Lua, mas têm poderes da terra. Então tecnicamente são de sua família. - Seu pensamento tinha lógica. Minha cabeça girava com tudo isso e eu me sentia feliz por ter encontrado meus semelhantes. - Bom, vamos encontrar a sua casa.
    Fomos ao centro do Refúgio, onde estavam as casas. Lá era um lugar movimentado, com muitas pessoas passando em animais estranhos, como grifos, pégasus, etc. Parecia ser um centro comercial cheio, com vendedores gritando e, bom, vendendo.
    - Segundo este mapa, a sua casa é a número 508 da rua Alanta Allison.
    - Qual bairro? - Anna perguntou.
    - Snowflake. - Christine respondeu. - É um bairro limpo e silencioso, acho que vão gostar.
    - Que bom! - Falei. - É melhor nos apressarmos. - Consultei o mapa e vi que era na próxima rua.
    Caminhamos até as casas. Seriam separadas, uma para garotas e outra para garotos. Chegamos alguns minutos mais tarde, ao ver duas casas enormes escondidas em meio das folhas e em cima de uma árvore.
    - A de vocês é a em cima da árvore. - Christine falou para mim e para minhas amigas. Sendo assim, os garotos ficaram com a escondida atràs das folhas
    Subimos afobadamente a árvore, a qual era um carvalho, e entramos. Estava vazia e estava mais fresco do lado de dentro, ao contrário do lado de fora, que fazia um calor insuportável. Havia apenas quatro camas e uma escada que levava para o segundo andar.
    - Parece que temos que colocar nossas coisas aqui. - Katherine disse.
    - Não sei se vou conseguir me acostumar com isso. - Amelia falou.
    - Agora esse é nosso lar. - Disse eu. - Temos que nos acostumar a esta vida nova, se quisermos sobreviver...
    - GUARDAS! - Alguém do lado de fora gritou.
    Todos começaram a se esconder. As casas que estavam escondidas em buracos foram tampadas por terra e grama, as com folhas por cima, tiveram o trabalho de serem escondidas por outra rede de folhas, assim como a nossa a qual se encontrava em cima de uma árvore. Era um trabalho cuidadoso e apressado ao mesmo tempo. As pessoas correram para dentro de suas casas e nenhum barulho foi ouvido após tudo isso.
     Homens com armadura e capacetes apareceram perto de nosso carvalho, procurando por pistas.
     - Nenhum sinal dos fugitivos. - Um deles falou.
     - Tem certeza? Eles podem estar aqui. - O outro disse
     - Recebi notícias de que a garota pode estar aqui. - Disse o primeiro olhando em um um monitor colado no seu pulso.
     Mas o quê...
     - É melhor voltarmos mais tarde. - O segundo falou virando de costas. - É provável que eles apareçam.
     Eles partiram e todos os outros seres reapareceram de seus esconderijos. Os guardas haviam deixado uma dúvida: Quem será esta garota?

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Capítulo 1 - Jornada


    - Delia! - Christine chamava. - Arrumou tudo?
    - Sim. O que é este lugar mesmo?
    - É um refúgio onde criaturas mágicas podem ficar caso algo ruim aconteça, ou se foram exiladas. Cada um tem a sua casa escondida em folhas, árvores ou em lagos. Claro, todas elas são decentes, mas acho que você vai gostar. Elas são escondidas assim, pois alguns guardas vêm em certas horas do dia para procurar os fugitivos.
    - Ótimo, vou ser uma fugitiva. - Disse eu com uma alegria sarcástica.
    - Delia, você não é uma fugitiva. - Christine falou docemente.
    - Fugitiva da maldição. Isso é uma espécie de fugitivo. - Disse eu.
    - Não fale isso. Você pode estar fugindo, mas é só temporariamente.
    Olhei para ela com desconfiança. Abri a boca para falar algo, mas William interrompeu.
    - Vamos! - Ele chamou.
    Saímos e fomos para um campo. Aurich não poderia ir naquela vez, pois ele era um dos componentes do Conselho de Filhos da Lua (mesmo nenhum deles sendo um Filho da Lua) e precisava ficar com eles. Ótimo tutor! Christine iria para o Refúgio, como minha Guardiã.
    Chegamos ao suposto portal que nos levaria até lá. Parecia ser um lugar bem comum, na realidade.
    - Parece ser um campo bem comum. - Nick falou.
    - Nem tudo é o que parece. - Christine disse. - Esse é um portal milenar, um local onde a magia é muito forte. Se fizer qualquer tipo de feitiço ou atirar uma esfera azul aqui, vai ser muito poderoso.
    - Defina poderoso.
    - Do tipo que pode te jogar para trás se não for bem feito. - Falei sarcasticamente.
    - Sabem que estamos saindo da escola? - Anna perguntou.
    - O diretor está ciente de tudo. Ele disse que colocou guardas para rondar a escola, para isso não se repetir. - Christine respondeu.
    - Espero que isso não aconteça novamente! - Katherine falou temerosa. - Da última vez foi terrível.
    - Não foi você que foi quase morta, Kath. - Disse eu.
    - Você sabe que eu morro de medo que você morra. - Ela respondeu.
    Eu ri. Sabia que ela se importava comigo.
    - Entrem no portal. - Christine interrompeu. - Não querem chegar atrasados. - Ela atirou uma esfera azul no chão e ela se quebrou, revelando um vórtice de pura energia. Cambaleei para trás, devido à energia do vórtice.
    Entrei após Nick e Anna, sendo assim a última, já que Katherine e William entraram antes. Estava um pouco nervosa em relação a tudo e mais um pouco. A maldição ainda não havia sido quebrada, eu não havia encontrado nenhum dos objetos necessários para sua quebra e eu sabia que os ataques ainda não haviam parado, que só ficariam mais intensos. Quanto nervosismo para um só dia!
    Saí do outro lado do portal com os olhos fechados, morrendo de medo que algo de errado acontecesse. Eu não sei o que está acontecendo comigo, parecia que alguma coisa havia sido alterada dentro de mim. Quando abri-os, fiquei encantada com o lugar que eu estava.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Meus amores, tenho uma notícia: As postagens não serão de dois em dois dias como eu fazia antes. Desta vez serão de semana em semana, para ficar mais fácil.
Beijos Gio.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Filha da Lua: Mascarada - Prólogo


    12 de fevereiro, sexta-feira

    Recebi a carta de Christine naquela manhã. Ela dizia que não podíamos mais ficar naquela escola e que nós tinhamos que ir para a casa da Rua Alanta Allison. Sabia que era por causa dos ataques constantes que eu havia recebido na semana anterior, de Charlotte, Sophie e Jake. Eu arrumava as malas da mudança que aconteceria em pouco tempo.
    Só espero que os ataques diminuam daqui em diante. Não quero passar o mesmo momento da última semana.
    Espero que as coisas mudem. E rápido.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Cenário

Meus queridos, eu queria colocar um desenho feito por mim só para ter uma ideia de como vai ser o Refúgio que eles ficarão. Não ficou muito bom, porque eu não sou uma artista e porque coloquei água demais, rs.Também queria avisar que eu vou demorar bastante para começar a postar :(
Muito bem, vou colocar a "obra de arte":


É isso, então. Vou tentar o máximo para terminar o capítulo 1.

Beijos Gio.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Epílogo


    Minha aventura havia chegado ao seu fim. Jake, Charlotte e Sophie nunca mais foram vistos, após a batalha. Talvez tenham sido mortos ou escaparam no meio da poeira da luta.
    Os Filhos da Lua não terão de se esconder mais, pois o inimigo foi derrotado. Creio que Jake, Charlotte e Sophie não aparecerão mais.
    Pelo que descobri, meus poderes estão aumentando cada vez mais. Espero poder fazer grandes coisas, assim como Aurich disse. Espero ajudar todos que necessitam e que precisam de ajuda.
    Eu ainda devo encontrar a chave e a fênix, para uni-los e acabar com um grande problema de uma vez por todas, mas uma coisa ainda não mudou:
    A Maldição ainda existe.

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Então é isso, meus amores! O primeiro livro já acabou :( O próximo eu não sei quando eu vou lançar, pois ainda vou escrever o manuscrito e criar algumas ideias para o segundo livro, mas como eu entro em férias daqui a pouco vou tentar ser o mais rápida o possível.
Beijos Gio <3

Capítulo 19 - Filha da Lua


    Mais um sonho. Desta vez o Conselho e os representantes da Ordem estavam lá, em um campo florido e com o céu azul. Reconheci aquele lugar do último sonho que eu tive, o qual Christine aparecia.
    - Precisamos falar com você. - Aurich disse. - É sobre suas origens.
    Finalmente ele me contaria o que eu esperava há muito tempo.
    - Aurich, acho que é cedo demais para falarmos disso com ela. - Otulissa disse.
    - Não. É a hora certa, Otulissa. - Ele respondeu.
    - Contem logo! - Falei impaciente.
    - Muito bem. Quando você era pequena, seus pais tiveram que ir para o Outro Mundo não para você aprender sobre os humanos, mas sim por causa de Victor e seu herdeiro. Ainda existiam muitos Filhos da Lua quando você nasceu, mas na passagem de Corialle para Nuvia, muitos morreram antes mesmo de cruzar o portal...
    - ...por causa de Victor. - Completei.
    - Isso mesmo! Ele chegou a exterminar muitos destes Filhos da Lua, mas os que sobraram, fizeram o Conselho de Filhos da Lua, o qual você está vendo agora. Também dizia a lenda, que uma Filha da Lua seria a mais poderosa que já existiu e que se tornaria uma Guardiã quando completasse 15 anos. Teria poderes sobre a natureza e a Lua. Ela faria grandes feitos, teria um bom coração, mas nesta mesma data uma maldição cairia sobre ela. E só derrotando o inimigo ou resolvendo suas provas e ilusões, ela poderia quebrar a maldição. Esta garota é você, Delia.
    - Lembro-me de ter escrito uma mensagem estranha em meu caderno.
    - Era sobre a chave, a caverna e a fênix, não? - Pandora perguntou.
    - Sim, por quê? - Me espantei por ela saber da mensagem.
    - Ela será muito importante em sua jornada, querida. - Ela respondeu. - Apenas conseguindo isso você vai quebrar a maldição.
    - Por que isso é tão importante? - Perguntei.
    - Estas duas coisas estão conectadas. Elas estão separadas por algum motivo que ninguém sabe, mas agora você será a primeira.
    - Não sei se quero ir. Parece ser muito perigoso.
    - Só assim você vai quebrar a maldição. - Otulissa falou.
    Pensei um pouco no assunto. Se eu fizer isso, posso quebrar a maldição, mas se não eu vou continuar amaldiçoada até criar coragem para fazê-lo.
    - Tudo bem, eu vou! - Disse eu por fim.
    Todos ficaram felizes, até eu que estava com um pouco de medo de realizar este feito. Sabia que conseguiria.
    - Delia, talvez você encontre alguns perigos durante o seu trajeto. - Christine falou. - Quero que você fique com este arco de prata. - O arco era adornado com voltas e ondas douradas e com uma Lua, igualmente de prata, pendia em um medalhão na ponta superior do objeto.
    - É lindo! - Disse eu pegando o item. - Obrigada!
    - Fique com os portais. - Aurich me entregou uma sacola de couro com suas esferas. - Você vai precisar.
    - Muito obrigada. - Respondi.
   Sentei em um banco, perto das flores de memórias. Eu gostava daquela parte de meu subconsciente. Era um lugar tranquilo e onde eu podia relaxar. Pedi para ficar um pouco sozinha, para organizar as ideias em minha mente e pensar em meu futuro.
    Resolvi acordar e começar um novo dia. Como sempre, tudo que recebi em meu sonho, estava em cima da cômoda de Katherine.
    Sentei em minha cama e fiquei pensando no que aconteceria. Sabia que a maldição não tardaria em se realizar novamente e que viria pior do que nunca. Sabia que eu teria que me arriscar para resolver isto e sabia que meus amigos nem sempre estariam perto de mim.
    Mas quem sabe o que o futuro nos reserva? Nunca se sabe...